Pinot Noir na Confraria Feminina do Vinho de Curitiba...
Estou chegando do nosso encontro mensal da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, e como sempre, é muito gratificante. Bons vinhos, ótimas companhias e gastronomia harmonizada e deliciosa. O encontro de hoje foi no Vin Bistro Adega & Restaurante, na Rua Fernando Simas, 260 - Batel, em Curitiba. Por lá tudo perfeito... do couvert à sobremesa. Confreiras presentes ao jantar: Marian Guimarães, Ana Teresa Londres, Maria do Carmo Bado, Sueli Rita Martinez, Marlene Beck, Sandra Lunedo, Isabel Pudles, Mônica Meira, Célia Gimenez Mitri, Márcia Toccafondo e Analzira Carneiro. Para a noite eu fiquei de escolher o local, os vinhos, o cardápio e apresentar o tema. Escolhi a minha uva preferida, a manhosa, temperamental, complexa e super elegante Pinot Noir. A casta tinta e delicada que há mais de 2 mil anos reina em seu berço na Bourgogne/França, especificamente na Côte D'Or (encosta dourada), produz vinhos que encantam pelo sabor diferenciado, bouquet agradável, acidez com taninos e álcool em equilíbrio perfeito, deixando-a sedosa e delicada. Apesar de ser de corpo médio ela possui intensidade e ótima estrutura. A Pinot Noir é uma varietal e nunca se casa com outra uva na confecção dos vinhos, a não ser é claro, fazendo o corte da Pinot Meunier e da Chardonnay para os maravilhosos Champagnes. A uva adiciona corpo ao Champagne. A Pinot produz vinhos espetaculares no velho mundo, mas já temos bons vinhos também na Nova Zelândia, Estados Unidos e Chile, são vinhos mais frutados e também mais baratos. A Pinot tem menos taninos e menos pigmentos, mas com longa longevidade e que podem alcançar preços altíssimos, dependendo da terroir que lhe for oferecido. Fotos por Márcia Toccafondo.
O sócio do Vin Bistro Adega & Restaurante, o renomado sommelier Ronaldo Bohnenstengel, Marian Guimarães e Ana Teresa Londres, em bate-papo descontraído antes dos trabalhos.
Célia Gimenez Mitri e eu entre um vinho e outro...
Célia Gimenez Mitri e eu entre um vinho e outro...
Foram 3 rótulos de Pinot: Sanctuary 2008 Pinot Noir, de Marlborough/Nova Zelândia, 13% álcool, com aroma de frutas vermelhas, se destacando a jabuticaba e o cassis, e com forte aroma de pimenta do reino, aromático e com taninos equilibrados. Cor violeta. A Nova Zelândia é hoje o segundo país em produção de ótimos Pinot, mas Bourgogne ainda reina soberano. O segundo vinho foi o chileno Casa Silva Reserva Cuvée Colchagua 2012 Pinot Noir, 14% teor alcóolico, aroma e sabor adocicado de frutos maduros, até meio enjoativo, cor vermelha escura, algumas confreiras comentaram que não se parecia em nada com a Pinot Noir e na cor menos ainda. O terceiro vinho foi o Bourgogne
Pinot Noir 2012 Nicolas Potel, com 12,5% álcool, produzido a partir de uvas originárias de Bourgogne, principalmente da Côte D'Or . Aromas de morango e groselha gostoso e que nos remete às geléias caseiras feitas por nossas avós. Direto da respeitadíssima Maison Nicolas Potel. O melhor de bebermos vinhos feitos por uma só uva, porém com terroir diferentes, é que se torna inusitados e cada um tem suas características. A preferência, sem dúvida, é pelos belos Pinot do Velho Mundo que produzem vinhos sedosos e muito finos. Pretendo conhecer vários.
No Vin Bistro, após o couvert com pães quentinhos, beringelas e manteiga da casa, foi servido a entrada: Champignon de Paris á La Plancha, harmonizado com o vinho Sanctuary Pinot Noir 2008 (Nova
Zelândia)
Prato principal: Jarret de Vitela ao molho do próprio assado com polenta cremosa harmonizando
com o Bougogne Pinot Noir Nicolas Potel França e Casa Silva Reserva Pinot Noir Chile. Perfeito!!
3 vinhos, mesma uva e aromas e sabores diferentes… e cores idem. É unanime dizer que as maiores características da Pinot Noir são a elegância e complexidade. A uva mais especial da Bourgogne é uma casta tinta, de suco farto, mas que requer muito cuidado mesmo após ser colhida, pois a casca fina se rompe com facilidade. A Pinot é conhecida como temperamental e de amadurecimento mais precoce que as demais uvas, necessita de clima fresco, possui cor violeta profunda, porém emblemáticas. A uva possui mínima concentração de antocianinas, responsáveis pela cor e pigmento, por isso a cor mais clara conferindo a elas a fama de produzir vinhos sedosos e de taninos e acidez equilibrados. Seus aromas mais marcantes são os de fruta vermelha, florais, especiarias, animal, amadeirados, entre outros. Em boca é delicioso, possui gostinho de quero mais e uma sensação de algo caseiro e saudoso.
Sobremesa - Ile Flottante ao creme Angleise… simplesmente maravilhoso!! Nhammmm!!!
Abrindo um parênteses aqui nos Pinot Noir, levei para a Confraria provar o vinho rosé mais badalado do Brasil, o VF Villa Francioni Rosé 2012, produzido em Santa Cartarina, e que ganhou prêmio de melhor rosé do Brasil. A garrafa com formato de perfume, foi desenvolvida por um designer francês, e apesar de elegante, como disseram as confreiras, não parece garrafa de vinho. Ele é um assemblage produzido com e 8 castas. Agradou pelo aroma e pelo sabor. É muito refrescante e de linda cor rosada e muito bem vindo em dias quentes.
Abrindo um parênteses aqui nos Pinot Noir, levei para a Confraria provar o vinho rosé mais badalado do Brasil, o VF Villa Francioni Rosé 2012, produzido em Santa Cartarina, e que ganhou prêmio de melhor rosé do Brasil. A garrafa com formato de perfume, foi desenvolvida por um designer francês, e apesar de elegante, como disseram as confreiras, não parece garrafa de vinho. Ele é um assemblage produzido com e 8 castas. Agradou pelo aroma e pelo sabor. É muito refrescante e de linda cor rosada e muito bem vindo em dias quentes.
Não resisti e fotografei o banheiro feminino do Vin Bistro, todo revestido com rótulos escolhidos pelos sócios. Puro charme!!