CONFRARIA FEMININA DO VINHO DE CURITIBA - JUNHO 2019
Fondue acompanhados por vinhos do Velho Mundo foram minhas opções para a reunião de junho, da nossa Confraria.
A noite de 25 de junho marcou mais um encontro da Confraria Feminina do Vinho de Curitiba, no aconchegante e saboroso restaurante Le Rechaud. A confraria se reúne há 14 anos, mensalmente, e é sempre prazeroso e agregador os nossos encontros em torno de excelentes vinhos.
Desta vez coube a mim escolher o local e o que comer e os vinhos para a harmonização e como estamos no inverno, nada melhor do que fondue com vinhos, e acho mesmo que nasceram um para o outro. Para acompanhar a (foundue é uma palabra feminina), fondue de queijo, optei por um vinho branco seco com boa acidez e sem passagem por madeira,
um Chablis (Chardonnay) - os vinhos brancos mais festejados do mundo, Mas poderia ter escolhido também um Pinot, Merlot ou Primitivo, que
casaria muito bem com a mistura de queijos emmental e gruyère. CHABLIS 2015 – DUFOURLEUR PÈRE & FILS, vem da França, do norte da Borgonha onde a AOC(Appellation d’Origine Contrôlée) é de 1938 e cobre uma área de 2.630 hectares da cidade de Chablis. As as videiras são praticamente todas de Chardonnay, a única casta permitida por lá. Na opinião de algumas confreiras esse branco poderia ter um pouco mais de acidez, mas harmonizou muito bem. O vinho é fresco e com o inconfundível toque mineral e sabor metálico, característico dos brancos de Chablis. 12,5% Álcool, cor ouro pálido brilhante, aromas de maçã verde, limão, flor de lima, menta, acácia, alcaçuz e grama recém cortada. É vivo, fresco e com o inconfundível toque mineral. No paladar é fresco, seco e delicioso. Paladar leve, macio e de boa acidez. Preço na Adega Festval: R$ 139,00.
Para acompanhar a fondue de carnes, frangos, peixes, no óleo, e como sabemos ser a gordura e o sal amigos da harmonização com vinhos, optei por degustarmos com 2 tintos franceses, equilibrados e potentes. Primeiramente o sensacional CHATEAUNEUF DU PAPE– 2016 – GRANDS VINS JACQUES
DUNAY que pela excelência dispensa muitas apresentações e que vem da denominação Chateauneuf du Pape (Castelo Novo do Papa), da comuna de mesmo nome, próximo a Avignon. Os vinhos estão entre os mais
prestigiados do mundo. A AOC (Appellation d’Origine Contrôlée) é a maior e mais importante do sul do Vale do
Rhône, abrangendo 3.200 hectares. Entre as normas está o teor alcoólico de 12,5%, a colheita é sempre manual e a proibição a produção dos vinhos rosés.
Tinto fortificado doce, de alta qualidade e de ótimo
custo-benefício. Um blend produzido através de vinhos bastante
elegantes envelhecidos em tonéis de carvalho estagiando por cerca de cinco anos. Este vinho foi produzido com uvas oriundas, na
totalidade, de vinhas da Quinta da Romaneira classificadas com a letra A, localizadas
no coração da região
Cercados de muitas curiosidades, os vinhos Chateauneuf du Pape entraram para a história da Igreja Católica como os "vinhos do papa" durante o século XIV, já que a vila
foi residência dos últimos cinco papas, em Avignon. As famosas garrafas ostentam as desenhos em relevo com a tiara papal e as
chaves cruzadas, símbolo do papado, que representam as chaves do reino dos
céus e fazem a conexão entre o céu e a terra. A principal variedade é a Grenache (hoje subdividida em Grenache Noir, Grenache
Blanc e Grenache
Gris) que, além de dar bons vinhos varietais, é usada na composição da maioria dos cortes. Em linhas gerais, os tintos de Châteauneuf-du-Pape são
ricos, especiais e encorpados, mas não é unanimidade, pois tem muitos que decepcionam. O que degustamos estava ótimo: Tinto fino
seco, elegante com sabor médio longo. Uvas: Grenache, Syrah e Mourvèdre. Teor
Alcoólico - 15% - Safra
2016. Visual: Cor
vermelho profundo, com bordas cor de tijolo, toque de roxo, claro e brilhante. Olfato:Aromas de
frutas vermelhas frescas, cranberry, morangos e toque de especiarias e ervas
aromáticas do Vale do Rhône. Paladar:Taninos
finos e fresco, redondo, bem construído, equilibrado, poderoso, harmonioso,
suave e maduro, elegante e cheio de fruto. Preço na Adega Festval: R$199,00 - excelente custo-benefício.
O terceiro vinho da noite veio de Bourdoux, o Château Haut Caillou - Lalande-de-Pomerol
2015, que agradou geral as confreiras. Um bom vinho
francês frutado e agradável, aromático e equilibrado, com leve passagem por carvalho, e que vem de uma
pequena propriedade com cerca de 7 hectares, em Lalande-de-Pomerol. O Château Haut Caillou foi adquirido em 2002 pelo premiado e talentoso enólogo Laurent Rousseau, preocupado com o meio ambiente e com toda extensão da videira e em implantar técnicas de vinificação que realçam o caráter verdadeiro da uva. São inteiramente naturais. O tinto é um blend com
80% Merlot, 10% Cabernet Franc, 10% Cabernet Sauvignon. Teor Alcoólico: 13%; Visual
Cor rubi
escuro com nuances roxas; Olfato:
Aromas de
frutas escuras maduras, cogumelo, cedro, especiarias e couro, com finas notas
amadeiradas. Equilibrado e com taninos médios e finos, acidez viva, médio
corpo. Paladar: Na boca seco, frutado e redondo.
Final de bom comprimento e persistência moderada. Harmonização:
Carnes
grelhadas, marinadas ou assadas e queijos fortes. Preço da garrafa na Adega Festval: R$ 158,00.
Finalizamos com a fondue de chocolate escuro, branco e de caramelo, acompanhado e frutas variadas, carolinas, marshmallow, entre outras delicinhas, com o Vinho Quinta da Romaneira – Port
Fine Tawny.
do Douro. Um blend de Touriga
Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca. País de Origem
Douro- Portugal. Teor Alcoólico: 19,5%. Visual: Cor vermelha
granado brilhante. Olfato: No nariz revela-se mais complexo que o ruby, com aromas
marcante de fruta fresca, avelã, tâmaras, ameixa seca e um toque a framboesa. Paladar:
No palato mostra-se ligeiramente doce, frutado e rico. Intensidade
média.
R$ 56,90 - na Adega Festval.
Da esquerda para a direita, as confreiras presentes: Mônica Meira, Ana Teresa Londres, Márcia Toccafondo, Analzira Carneiro, Maria do Carmo Bado, Sueli Rita Martinez, Eunice Rocha, nossa presidente Sandra Zottis, Marlene Beck e Isabel Pudles.
Fotos por Márcia Toccafondo.