Caio Megale prevê crescimento econômico e investimentos externos no Brasil

 Em encontro do LIDE Paraná, economista chefe da XP Investimentos destacou que o país está bem posicionado no cenário econômico mundial

Heloisa Garrett e Caio Megale no primeiro Business Lunch de 2024 do LIDE Paraná. 
Rubens Nemitz Jr

Mesmo em um contexto de incertezas globais, decorrentes de instabilidades geradas por conflitos geopolíticos e condições de financiamento restritas, as projeções econômicas para o Brasil neste ano são otimistas. Foi o que explicou Caio Megale, economista chefe da XP Investimentos, durante o primeiro Business Lunch de 2024 promovido pelo LIDE Paraná na última quinta-feira, em Curitiba.

Megale destacou que, além do crescimento acima do esperado nos últimos meses, a força do setor de commodities e a estabilidade nas contas externas contribuem para o bom posicionamento do país em 2024. “O Brasil é, há muito tempo, referência no agro e na mineração e também passou a ser referência no petróleo. Com a concessão dos campos da Petrobrás e exploração do pré-sal, a balança comercial disparou no pós-pandemia, agregando valor num ritmo de 20 a 25 bilhões de dólares por ano. Ou seja, a produção de commodites, de alimentos e energia, deixam o país bem-posicionado”, explicou o especialista.

Empresários paranaenses ficam otimistas com cenário apresentado pelo economista chefe da XP Investimentos.
Rubens Nemitz Jr

Outro fator destacado é o ambiente atrativo para investimentos que o Brasil apresenta no momento. O país fez mudanças e melhorias importantes, como as aprovações de reformas tributárias necessárias e descentralização do Banco Central, além de ter funcionamento adequado das instituições, crescimento econômico acima do esperado e inflação mais estável. Essa conjuntura torna o Brasil um porto seguro para investimentos em 2024, com perspectivas favoráveis para a inserção da economia brasileira no cenário global.

Recorde de demissões voluntárias 

O economista ainda apontou um fenômeno gerado pelo aquecimento do mercado, que é a “demissão voluntária”, quando um funcionário decide encerrar seu contrato de trabalho de forma espontânea. Recentemente, esse comportamento bateu recorde: 7,3 milhões de pessoas deixaram empregos com carteira assinada de forma voluntária no ano de 2023, o maior número desde 2004.

Segundo o economista, entre as principais justificativas pra esse fenômeno está o surgimento de novas oportunidades de empregos alinhados às expectativas do trabalhador, indicando maior oferta de vagas no mercado.

Essas tendências apontadas por Megale sugerem um ambiente econômico dinâmico no Brasil, com oportunidades crescentes para investidores e trabalhadores, consolidando a posição do país como um ator relevante no cenário global.

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